12 de setembro de 2015

5 Turnês Indispensáveis de Madonna


O título de Rainha do Pop e o trono que Madonna ocupa há mais de 30 anos de carreira está sempre sendo questionado, seja por aqueles que ainda dizem que ela não tem a melhor voz, os fãs das novas cantoras (que em sua maioria se apropriaram do legado da própria Material Girl), ou mesmo os fãs saudosistas da Madonna dos anos 80 ou das polêmicas da década de 90. Seja qual for o argumento, muitos deles caem por terra quando a senhora Ciccone começa uma nova turnê e prova que, definitivamente, o palco é o espaço em que seu talento e legado é inquestionável. Com o início de sua mais nova empreitada, a Rebel Heart Tour (que promete se tornar a turnê mais lucrativa de 2015-2016), Madonna deverá atrair novos admiradores e reconquistar muito dos antigos. 

Para você que justamente quer conhecer (ou relembrar) as turnês que tornaram Madonna o ícone de hoje, cinco shows te ajudarão a ver a diversidade, profissionalismo e dedicação da cantora nessa jornada rumo ao topo. 


Drowned World Tour (2001)

Frequentemente fora das listas das mais queridas dos fãs, a Drowned marca o retorno de Madonna aos palcos depois de um hiato de quase oito anos em decorrências da gravidez e projetos no cinema. Marcando o começo no uso de novas tecnologias no palco, para muitos o show é quase uma ‘anti-turnê’ de Madonna, com um setlist de poucos hits clássicos (com exceção das incríveis performances de La Isla Bonita e Holiday, que surge vigorosa) e blocos que passeiam por temas pesados, como violência urbana, artes marciais e submissão feminina. Na Drowned, Madonna se comporta mais como um rockstar do que uma diva pop purpurinada, com sobrancelhas descoloridas à Ziggy Stardust, incluindo performances com instrumentos (guitarra e violão) e sendo o único show em que ela não mostrou as belas pernas ou abusou das lingeries. Com impressionante teatralidade, Drowned é uma turnê escura, repleta de referências orientais e que marcaria os rumos das próximas empreitadas de Madonna. 


Blond Ambition (1990)

Praticamente um divisor na carreira da cantora e do próprio show business, a Blond Ambition em alguns momentos pode parecer um tanto ultrapassada com aquele charme brega dos anos 80, mas foi fundamental para criar a base que 90% das turnês atuais utilizam, ao aproximar a estrutura dos mega-espetáculos da música com a produção e figurinos dignos de espetáculos da Broadway. Foi a primeira grande turnê da cantora a utilizar cenários mega-produzidos, contar com figurinos criados por estilitas e aliar a polêmica e blasfêmia para se tornar capa de jornais do mundo inteiro. Com algumas das melhores coreografias e performances da carreira, a Blond transformaria Madonna em uma deusa da sensualidade, com os sutiãs cônicos explorados por Gaultier na polêmica simulação de masturbação em Like a Virgin ou na abertura em que a cantora domina os subalternos. Um marco da cultura pop, Blond ainda encanta com uma Madonna no auge da provocação. 


Confessions Tour (2006)

Uma das turnês mais memoráveis de Madonna, a Confessions Tour seguiu a boa recepção do álbum Confessions On a Dancefloor, serviu para reconquistar muitos fãs e atrair a atenção de novas gerações, provando sua capacidade de antecipar tendências em espetáculo pop impecável. Utilizando a década de 70 como base, o show passeia por momentos com estética Disco (com inspirações em Embalos de Sábado à Noite e Xanadu), até uma polêmica performance de crucificação em uma cruz de espelhos (homenagem à Jesus Cristo Superstar), passando pelo movimento glam rock e prestando as devidas homenagens à Donna Summer e o ABBA, mesclando os primórdios e futuro da própria Madonna. Com versões surpreendentes de antigos clássicos (como Like a Virgin em que a cantora exibe toda sua flexibilidade após, literalmente, cair do cavalo), a Confessions se tornou um cartão de visita para quem quer descobrir os talentos de Madonna. 


The Girlie Show (1993)

Se a Blond Ambion serviu para definir os parâmetros de um espetáculo pop nos anos 90, The Girlie Show se aprofundou ainda mais no lado teatral dos shows, com referências ao cinema e questões sociais, se mantendo relevante sem parecer datada. Com a proposta de ser quase um “circo sexual”, a Girlie celebra a vida e o sexo, passando pelo movimento do amor livre dos anos 70, os cabarés decadentes e terminando com a motivação de ‘everybody is a star’. As performances são recheadas de referências aos filmes e divas clássicas, especialmente Marlene Drietchi, o que em alguns momentos deixa o clima um pouco arrastado. Explorando o visual andrógeno dos dançarinos (que hoje ganha novamente as manchetes da moda com o gender-bender), a Girlie marcaria o ápice de Madonna como um ícone sexual, com cabelos curtos platinados, um corpo trincado e figurinos assinados por Dolce & Gabbana.


MDNA Tour (2012)

A MDNA merece destaque por ser a última turnê de Madonna (primeira na última década) e servir quase como uma demonstração de poder da cantora: o espetáculo é grandioso, com um palco gigantesco e uma equipe de dançarinos que se contorcem e desafiam a gravidade com a mesma facilidade. Apesar das frequentes reclamações quanto ao setlist que pouco prioriza os clássicos e deixa de lado as músicas ‘que levantam o público para cantar junto’ (como Music, Holiday, Into the Groove ou La Isla Bonita), a MDNA aposta nas tecnologias de ponta e rende algumas das performances mais impactantes da carreira da loira, como a entrada ao som de Girl Gone Wild em uma catedral gótica ou Vogue, em que os dançarinos fazem um verdadeiro desfile de moda. Nessa jornada ‘das trevas para a luz’, nas palavras da própria cantora, MDNA é eficiente em criar muitas imagens memoráveis, reinventar hits e demonstrar que no palco Madonna consegue se manter como uma referência e ícone indiscutível. 

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