9 de setembro de 2014

5 lições de RuPaul's Drag Race


Em meio a toda maquiagem, roupas coloridas e tramas previsíveis de reality show, RuPaul’s Drag Race mantém o sucesso após seis temporadas por também trazer lições valiosas sobre competição e superação de desafios que valem para qualquer pessoa, mesmo aqueles muito fora do circuito pop ou do mundo LGBT. 

Quase sempre vítimas de preconceitos e com histórias familiares nem sempre com finais felizes, os participantes do reality encontraram na transformação de drag queen a forma de se tornarem artistas admirados, expressarem os talentos e serem capazes de zombarem do próprio sofrimento, quando necessário. Entre as várias lições que podemos tirar do programar, algumas se destacam:

1 - Vale (quase) tudo para atingir os objetivos

Diferente de competições ou concursos de talentos específicos, em que vence o melhor cozinheiro ou ou cantor, em RuPaul’s Drag Race as competidoras devem saber costurar, cantar, dançar, fazer um show de comédia, imitarem as celebridades e ainda se maquiarem para arrasar nas passarelas. Entre os desafios semanais, há atividades individuais e em grupo e nesses momentos vemos que para ficar entre os melhores da semana vale de tudo: desde colar um vestido no próprio corpo com cola quente, reatar inimizades de anos com as rivais e até falar mal das amigas para os jurados. Fora os competidores que tiveram que aprender na marra como cantar ou dançar para não fazerem feio para os jurados, como Alaska (da quinta temporada) no desafio da dança ou Trinity K. Bonet  que superou a timidez para fazer um show de comédia stand-up na última temporada.  

2 -  Melhor Ousar que não Marcar

As últimas vencedoras do programa têm algo em comum: todas tiveram coragem de ousar e sair do padrão esperado para uma drag queen ‘tradicional’. Logo na terceira temporada, Raja chamou a atenção justamente por não se parecer com nenhuma competidora e trazer novidades para os desafios, sempre com sua pitada ‘fashion’ e boas referências da moda e cultura pop. Criticada por parecer ‘um homem de vestido’, Raja não usava os tradicionais enchimentos que algumas competidoras usam para deixar seu corpo mais feminino e apostava na estética andrógina, com o corpo bem magro e delgado para se destacar. Na última temporada, Milk também foi criticada justamente por não seguir uma estética mais feminina, aparecendo inclusive com uma barba postiça no primeiro desafio e de homem em outro. O preço, nesse caso, acabou sendo alto: Milk saiu na metade do desafio. Mesmo sem levar o grande prêmio, a drag figura fácil entre as mais marcante das últimas competidoras.  

3 - Confie e elabore o próprio estilo


Entre as participantes de RuPaul’s Drag Race há diferentes estilos e talentos: algumas se garantem na comédia, enquanto outras imitam celebridades perfeitamente e há ainda aquelas que se esforçam em parecer mulheres de verdade. Nem sempre as próprias competidoras entendem as outras e atritos acabam sendo inevitáveis, como na quarta temporada, com PhiPhi O’Hara e Sharon Needles, vencedora da edição. Sharon apresentava uma mistura ousada de estilos e sabia explorar como poucas sua estética gótica para vencer os desafios. Conhecendo o próprio potencial e talento, logo no primeiro desafio enquanto as outras competidoras apresentavam suas versões de guerreiras pós-apocalipse, Sharon entrou como um zumbi mutante, jorrando sangue pela boca e surpreendendo a todos, inclusive os jurados. Bianca Del Rio, a última rainha coroada, também soube como usar a comédia de insulto como diferencial, conquistando cada vez mais admiradores no caminho, até aqueles que ela tirou sarro. Definir e explorar um estilo ajuda a fixar a marca e mostrar aos outros os diferenciais.

4 - Tenha boas referências


Muitas participantes prejudicam-se por não estarem atualizadas ou conhecerem diferentes estilos de artistas, produções culturais ou mesmo personagens pop. Em desafios maiores, que exigem imitações, criação de roteiro ou interpretação, conhecer além do mainstream pode ser o fator determinante para o sucesso. A excêntrica Jinkx Monsoon, vencedora da quinta temporada, destacou-se ao escolher Edie de Grey Gardens em um jogo de imitações de celebridades. Enquanto as colegas imitavam cantoras pop contemporâneas como Katy Perry, Kesha e Taylor Swift, Jynks deu um show de atuação e improviso ao caracterizar-se como a prima decadente de Jackie-O. Mesmo com as colegas criticando a escolha, Jinkx manteve a opinião e soube usar o conhecimento para brilhar. No mesmo desafio na temporada anterior, Chad Michael também surpreendeu ao praticamente encarnar Cher e provar que além de uma boa ideia, é necessário pesquisa, preparo e dedicação para ter bons resultados. 

5 - Esteja preparado para dublar! 


Você lutou, tentou, se colou com cola quente e mesmo assim o resultado não foi dos melhores? Muitas vezes, essa pode ser a chance de dar a volta por cima e provar o valor e desejo de continuar na competição. ‘Na sua última chance de impressionar’, é necessário estar preparado para dublar ‘pela própria vida’. Nesses minutos derradeiros é necessário buscar força e motivação e não deixar que a concorrente chame mais atenção ou atraia os olhares dos jurados. Uma sílaba fora do tom pode ser o seu ‘sashay’ do prêmio. Nessa hora, a melhor coisa defender-se da maneira que você mais sabe e apostar no talento, seja com humor, interpretação ou simplesmente tirando a roupa. Só não vale tentar erguer a outra drag….  

10 de agosto de 2014

Lançamentos Musicais - Primeiro Semestre 2014

Shakira - Shakira

No novo trabalho da cantora colombiana é fácil perceber os momentos de Shakira apaixonada e inspirada e aquelas faixas que parecem ter entrado só para cumprir tabela. Da parte mais pessoal, o relacionamento com Piqué é o tema central, como fica evidente nas boas 'Broken Record' e '23', em que é possível até ouvir o riso de Milan, filho do casal. Como não poderia faltar, ainda temos momentos mais agitados, com a ótima (e quase esquecida) Chasing Shadows e o primeiro single, o dueto sensual com Rihanna, Can't Remember to Forget You, que apesar de não ter feito o sucesso esperado, figura como um das melhores faixas do álbum. Como a própria cantora admitiu ter se envolvido menos na produção musical dessa vez, fica a impressão de que várias faixas poderiam estar na voz de qualquer pop-princess e alguns momentos parecem sobras de outros trabalhos. Menos redondinho que o álbum anterior, Shakira tem boas músicas encobertas por produções sem personalidade, um pecado quando se trata da cantora colombiana mais querida do pop. 

Fernanda Takai - Na Medida do Impossível 

O novo álbum de Fernanda Takai merece destaque por não se parecer com os trabalhos do Pato Fu nem com o projeto anterior da cantora, com a releitura da obra de Nara Leão. Na Medida do Impossível, entretanto, está longe de ser uma ruptura: o estilo doce de Takai está presente nas 13 faixas do novo projeto e serve de fio condutor do trabalho, em que a cantora visita diferente estilos musicais. Seu Tipo, parceira com Pitty, é charmosa, enquanto A Pobreza (Paixão Proibida) ganha ares dramáticos para contar sobre um amor proibido. Outras parcerias também rendem bons momentos, indo de  Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme com Zélia Duncan, passando pela bela Pra Curar Essa Dor com Samuel Rosa e até uma parceria inusitada com o Padre Fábio de Melo. Suave a agradável de escutar, Na Medida do Impossível, é um daqueles álbuns para deixar tocando e acompanhar a viagem musical de Takai, sem grandes variações ou surpresas. 

Silva - Vista Pro Mar

Depois de uma estreia aclamada, Silva passou rapidamente de 'relevação' para 'nova promessa da MPB'. Diante de tanta pressão, o cantor capixaba apresenta o segundo trabalho, Vista Pro Mar e firma seu posto na música brasileira, com canções 'ensolaradas' e bem produzidas. Menos variado que o ótimo Claridão, Vista Pro Mar é também e menos pop que o antecessor. A impressão que em busca de uma unidade sonora, algumas músicas acabam passando desapercebidas e demora para o álbum fixar na memória. O destaque continuam sendo as boas letras do cantor capixaba e a produção elaborada, longe do pop fácil das 'mais pedidas'. O destaque vai para o dueto com Fernanda Takai na ótima Okinawa.  

Lana del Rey - Ultraviolence

A musa dos clipes com filtros do Instagram passa pela prova do segundo álbum com seu Ultraviolence e prefere seguir a máxima de não mudar o time que está ganhando. Com um produção mais elaborada que Born to Die, o charme blasé de Lana, com sua voz sussurrada, continua sendo explorado ao máximo em músicas com sonoridade retrô como The Other Woman, Black Beautiful e o primeiro single West Coast, que já se afasta da imagem colorida de Katy Perry e demonstra essa evolução musical de Lana, contribuição de Dan Auerbach, do BlackKeys. Ultraviolence não mudará a opinião de quem acha Lana forçada ou tediosa, nem dos fãs que a veneram como uma musa, mas prova que a cantora encontrou seu nicho, estilo e sabe trabalhar muito bem dentro da sua proposta. 

8 de junho de 2014

True Blood - O que esperar da última temporada?

Após mais de sete anos, True Blood começará sua temporada final e, se por um lado a série já não está mais entre as mais populares do momento, por outro, ainda figura como uma das maiores audiências da HBO (apesar das quedas nas últimas temporadas) e deixou marcas na cultura pop, como uma das produções mais sensuais da atualidade e o retorno das histórias adultas com vampiros, mais próximos das criações de Anne Rice que Stephenie Meyer. 

Quando estreou, o conceito da série era bem interessante: com a criação de um sangue artificial, os vampiros revelaram-se e passaram a viver em sociedade, aprendendo a lidar com relacionamento entre mortais, disputas de poder e grupos de humanos que os caçavam (muitas vezes utilizando argumentos religiosos). Na série, os vampiros eram como um grupo de minoria, com uma diferença: o poder e sabedoria de séculos de existência. 

Em uma época em que a moda eram os jovens vampiros veganos, True Blood trouxe de volta o vampiro perigoso, poderoso e extramente sedutor, respeitando as regras ‘tradicionais’, como queimar na luz do Sol, precisar de sangue humano ou morrer com uma estaca no peito. 

A produção foi beneficiada com a fotografia elaborada e a direção de arte que se esforça em enfatizar o Sul dos Estados Unidos como um ambiente agressivo, dando a sensação de que estava sempre muito quente, úmido e, por isso, os personagens deveriam permanecer com pouca roupa a maior parte do tempo. O principal destaque, entretanto, não era nem a parte técnica, mas o elenco afiado e personagens carismáticos, como o cozinheiro travesti, a vampira recém-criada Jéssica ou a irônica Pan, um destaque que foi crescendo ao longo da trama sem perder seu mau humor habital e comentários pertinentes. Como triângulos amoroso rendem bons conflitos, True Blood também teve seus momentos, com a protagonista Sookie dividia entre o aparentemente bom-vampiro Bill e o ameaçador Eric, um dos queridinhos do público. 


É uma pena que esses bons elementos foram dando destaque à tramas paralelas que não acrescentavam nada à história ou resultavam em uma reviravolta que não condizia com o desenvolvimento das personagens, soando como tentativas forçadas em manter a atenção do espectador. Outro exagero foram os seres fantásticos em cena: em determinado momento, estávamos com uma quantidade enorme de vampiros, fadas, bruxas, metamorfos, lobisomens e até uma mênade disputando nossa atenção. Com os anos, True Blood revelou-se uma série com altos e baixos no roteiro, especialmente com a saída do produtor Alan Ball na quinta temporada, de longe a menos interessante.

Na sexta temporada, alguns elementos pareceram voltar aos eixos e prepararam caminho para uma última temporada intensa, novamente focada nos vampiros e sem tantas reviravoltas ou novos seres fantásticos. Para quem vai acompanhar as últimas aventuras de Sookie, talvez seja bacana relembrar os bons e maus momentos que a série passou nos últimos tempos e conseguir aproveitar esses últimos episódios em um misto de saudosimos e esperança de um final triunfante para os personagens de Bons Temps.

5 de abril de 2014

Comentário - Morte Súbita de J.K Rowling

Demorei para finalmente ler Morte Súbita. Tinha medo que o primeiro romance adulto da escritora de Harry Potter nos fizesse pensar que a saga do bruxo tinha sido mais um golpe de sorte do que talento. Besteira. Se o livro não é uma obra-prima avassaladora, ao menos comprova o talento de Rowling em criar histórias envolventes, universais e entreter o leitor. 

As diversas tramas se passam em uma pacata vila inglesa, em que os tradicionais moradores vivem uma aparente imutável rotina há décadas. Quando um dos membros mais carismáticos do local morre inesperadamente (como já anuncia o título), os segredos e mentiras construídos por anos começam a ruir e, pouco a pouco, os aparentemente impecáveis moradores do local começam a mostrar o lado mais…. ‘humano’. 

Como toda obra com várias histórias paralelas e diversos personagens, nem sempre há espaço para um bom desenvolvimento e algumas boas histórias acabam apressadas, desperdiçadas no meio do caminho para dar espaço para acontecimentos sem muita importância. Nesse sentindo, Rowling prefere criar dezenas de personagens típicos como a ‘dona de casa entediada’, ‘a vítima de preconceito’ ou ‘a adolescente problemática’ do que focar e desenvolver com complexidade alguma das histórias que montam seu quebra-cabeça. 


Da série que a tornou famosa no mundo inteiro, Rowling continua dando um destaque especial para os adolescentes e parece bem mais familiarizada a escrever sobre as angústias de jovens que querem sair da cidade pequena do que a crise de meia idade por que passam os personagens ‘maduros’. Os jovens, inclusive, protagonizam os principais momentos da trama e são responsáveis pelas grandes revelações. Os adultos, em geral, só reagem a esse acontecimentos.

Para certificar-se de que a história não seria confundida com seus livros anteriores, Rowling também parece ter passado por uma listinha de temas ‘adultos’ em cada capítulo, algumas vezes até forçando a mão em revelações e acontecimentos que parecem não levar a nada, como um estupro que pouco é comentado nas páginas seguintes.  

Com um ritmo lento no começo, em que cada personagem é apresentado dentro da rotina da cidade, Morte Súbita engrena mesmo quando os segredos começam a aparecer. Pena que quando já estamos íntimos daqueles personagens, com seus defeitos e características, a história termina um tanto apressada, principalmente diante dos acontecimentos finais. Para os que ainda estão em dúvida sobre Morta Súbita, pode ler sem medo e escolher dentre as diversas tramas, aqueles que você mais gosta ou se identifica. 

6 de março de 2014

Os vilões da telinha - as novas temporadas de Hannibal e Bates Motel

Se antes o cinema era o lar dos grandes vilões, atualmente, é na TV que podemos nos encantar com a malícia e maldade de dois grandes representantes: Hannibal, o brilhante psiquiatra canibal da triologia de Thomas Harris e Normam Bates, do clássico Psicose

Com o retorno das duas séries em novas temporadas, essa pode ser uma ótima oportunidade de provar que o pior dos monstros pode ser (muito) humano.

Hannibal


Os fãs do personagem icônico do cinema temiam que a série não fizesse jus ao personagem, entretanto, até os mais receosos tiveram que dar o braço a torcer ao conferirem o resultado da primeira temporada de Hannibal. Na série, acompanhamos o brilhante psiquiatra auxiliando Will Graham, um consultor do FBI com a estranha capacidade de recriar cenas de crime e pensar como os assassinos agem. Ao longo dos 13 episódios, é impossível não fascinar-se com um dos melhores vilões de todos os tempos. 

Se nos filmes já tínhamos Hannibal dentro de uma cela e só ouvíamos falar de seus crimes, na série temos a oportunidade de vê-lo convivendo em sociedade, conciliando a rotina de médico respeitado e refinado, enquanto tenta esconder os assassinatos brutais que comete, sem um pingo de rancor. Nesse sentido, apenas na televisão teríamos a oportunidade de explorar outros aspectos, como as sessões de terapia que o próprio Hannibal faz e o modo que ele manipula os que o cercam.


Nesse sentido, Mads Mikkelsen cria um Hannibal misterioso, charmoso e bem menos exótico que a figura imortalizada por Anthony Hopkins, aproximando-o da realidade. Se alguns fãs reclamam que lhe faltam a ironia e o humor negro, devemos lembrar que durante a série, o personagem ainda se esforça em parecer normal e evitar qualquer suspeita. Hugh Dancy, também merece destaque ao fugir do padrão que esperamos de agentes do FBI e trazer um homem alterado, febril e quase tão psicótico quanto os assassinos que deve ajudar a prender.

Já que o expectador conhece desde o primeiro episódio o segredo de Hannibal, a série não perde tempo em investir na tensa relação entre o assassino e o agente, não abre histórias paralelas e não esquece os personagens e acontecimentos anteriores, como frequente acontece em outras séries, como American Horror Story. Com uma direção de arte primorosa, que destaca ainda mais os bizarros crimes e personagens, a primeira temporada de Hannibal deixa mistérios soltos o suficiente para manter o interesse e fazer jus ao personagem.

Bates Motel

Se em Hannibal já encontramos o protagonista no auge de sua capacidade e inteligência, em Bates Motel encontramos o jovem Norman Bates, muito antes de se tornar o famigerado protagonista de Psicose. Temos a chance de ver, aos poucos, os motivos que deturparam sua personalidade, especialmente a relação conturbada com a dominadora mãe, Norma. 

Norman mudam-se para um antigo hotel na beira da estrada comprado por Norma, na tentativa de refazer sua vida depois da morte do marido. A fantasia em tornar o hotel um ambiente acolhedor não demora muito e logo os dois notam que estão em um ambiente nada amigável e rodeado de mistérios. Não espere, entretanto, assassinatos por capítulo: a primeira temporada de Bates Motel é focada em perigos bem reais, como traficantes de drogas, estupro, contrabando, exploração de mulheres e outras surpresas. 

Fora do suspense, temos a chance a de ver Norman se relacionando com colegas de classe, experimentando as primeiras decepções amorosas e, principalmente, tendo que lidar com a influência de Norma, que exige sua atenção em tempo integral e parece disposta a protegê-lo sempre, mesmo que use métodos bem questionáveis na maioria das vezes. Vera Farmiga equilibra bem as nuances desse difícil personagem, assim como Freddie Higmore, que oscila entre o sonhador adolescente e atos de crueldade. 

Se alguns fãs reclamaram da atualização da trama e um certo excesso de personagens secundários, nem sempre bem desenvolvidos, devemos ressaltar as boas atuações e a trama bem construída, que vai revelando detalhes sem pressa e com uma sutileza nem sempre comum em séries de suspense. A esperança é que segunda temporada mostre ainda mais o amadurecimento da trama e, obviamente, desenvolva ainda mais a personalidade complexa de Norman.