Holy Motors é um
daqueles filmes que não faz questão de se explicar ou apresentar conclusões
para o espectador. É possível ler dezenas de comentários e análises distintas
sobre o filme, cada uma abordando uma linha de interpretação. Em uma trama mezzo
surrealista, acompanhamos Oscar, que entra em uma limousine e recebe `missões” e
personagens variados ao longo de um dia, vivendo variadas situações. Dessa
maneira, o vemos ele se transformar em uma moradora de rua, um pai de família
preocupado e até um doente terminal. Em cada missão, o personagem é tão
realista que começamos a nos perguntar qual daqueles seria verdadeiro, ou se
todos, de alguma forma, são verdade. Acabamos sem saber se Oscar é um ator, um
anjo, um ser imortal ou apenas uma metáfora sobre as máscaras sociais que
adotamos ao longo da vida. A dúvida aumenta ainda mais quando Oscar encontra
outras pessoas que fazem a mesma coisa que ele.
31 de janeiro de 2013
Comentário: Holy Motors e A Viagem
27 de janeiro de 2013
Cultura pop em 2012
2012 prometia
ser um ano de grandes retornos e acontecimentos marcantes na cultura pop,
entretanto, a sensação é de uma promessa não muito realizada. No geral, as
grandes apostas se mostraram um tanto fracas e mesmo as revelações do ano
soaram um tanto sem personalidade ou diferenciais. Prova disso foram as
premiações, tanto da música quanto do cinema, que nunca foram tão esquecíveis e
irrelevantes. O que mais marcou 2012 foram as disputas (chatas) dos fãs, que
com o poder da internet passam o dia brigando por seu ídolo ou objeto de
adoração: não faltaram farpas nas disputas “Madonna X Lady Gaga”, “Vingadores X
Batman” ou “Minaj X Mariah”. Muito barulho para pouco conteúdo.
- Música de 2012
De acordo com a
lista da Billboard, o cd que mais vendeu em 2012 foi, novamente, 21 de Adele. A
cantora, que passou a maior parte do ano sem lançar nada além da
apática música-tema de Skyfall (que provavelmente ganhará o Oscar), prevalece
como a queridinha do grande público. 2012 também marcou a popularização do
indie com Somebody That I Used to Know do Gotye tocando entre as 10+ das rádios
e a volta das boys-bands com suas fãs histéricas, graças ao sucesso do One
Direction e The Wanted.
Nicki Minaj,
Maroon 5, Bruno Mars, Coldplay, Florida e Justin Bieber colheram os frutos do
sucesso dos anos anteriores, lançando músicas que já se tornaram hits
rapidamente. Entre as novidades do ano, Carly Rar Jepsen se deu bem e teve um
dos maiores sucessos do ano com Call Me Maybe, a notícia ruim é que a cantora
tem potencial para se tornar uma one-hit wonder. Rita Ora, Marina and the
diamonds e Lana Del Rey também conseguiram dar as caras nesse ano, mas sem o
sucesso de uma Katy Perry ou Rihanna. Falando na cantora de Barbados, ela
honrou a tradição e lançou mais um cd recheado de hits em 2012. Ke$ha também
deu as caras com Die Young, apesar da promessa de revolução não cumprida. LMFAO
apareceu como um furacão e já terminou, deixando dois hits divertidos como
lembrança. A novidade também apareceu fora do eixo EUA-Inglaterra, com o
sucesso internacional de Michel Teló (não adianta falar mal) e o coreano Psy,
que bombou na internet e baladas com Gangnam Style (e terá que ralar
para continuar na mídia).
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